Você sabe quais são os principais desafios enfrentados pelas mães no mercado de trabalho?
Um estudo realizado pelo IBGE aponta que apenas 54,6% das mães com idades entre 25 e 49 anos e que possuem filhos de até 3 anos estão empregadas.
Esse número prova o quanto é difícil para uma mulher conseguir emprego ou se manter onde já está após se tornar mãe, mesmo compondo uma faixa etária ativa no mercado.
O motivo disso? O preconceito que ainda está enraizado na cultura de grande parte das empresas do Brasil e do mundo.
Muitas organizações acreditam que as mães não são capazes de render tão bem no trabalho, devido às responsabilidades da maternidade. É por isso que muitas mulheres são demitidas após voltarem da licença maternidade, sem nenhuma justificativa.
A verdade é que, as mães possuem força e capacidade para enfrentar qualquer desafio, seja em casa, no trabalho ou em qualquer outro lugar.
Assim como qualquer outro profissional, são capazes de contribuir com seus talentos para inovar, liderar e alcançar os objetivos propostos.
Apesar dos programas de inclusão promovidos por algumas empresas, mudar esse cenário ainda é um grande desafio. Porém, com consciência, podemos começar a transformação em nossas organizações, oferecendo uma rede de suporte e acolhimento para todas as profissionais que são mães ou pensam em ser no futuro.
Para te ajudar a entender o assunto, trouxemos neste post alguns dados e informações sobre mães no mercado de trabalho, além dos principais desafios enfrentados.
Entender é o primeiro passo para lutar pela mudança!
As mulheres no mercado de trabalho
Segundo dados do IBGE, as mulheres ganham cerca de 20% menos do que os homens no Brasil. Essa diferença salarial também segue presente quando comparamos trabalhadores com o mesmo nível de idade, escolaridade e cargo.
A Catho, site de classificados de empregos, fez um estudo que demonstrou que 30% das mulheres possuem faculdade, enquanto os homens permanecem na faixa de 24%.
Apesar da maior quantidade de mulheres qualificadas no mercado, os homens podem ganhar até 52% a mais que elas.
Um número que, certamente, ilustra a desigualdade que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho.
Esse cenário ainda é mais preocupante quando analisamos a quantidade de mulheres que são mães e estão empregadas.
Apesar dos direitos conquistados pelas mulheres ao longo do tempo, fica claro que ainda há muitos desafios rumo à igualdade.
Como é o mercado de trabalho para as mães?
Relembrando os dados que trouxemos no início do post, de acordo com o IBGE, apenas 54,6% das mães entre 25 e 49 encontram-se ativas no mercado de trabalho formal.
As mães que não possuem emprego enfrentam o preconceito e a falta de oportunidade para ingressarem no mercado. Já as que estão ativas, precisam lidar com a insegurança do retorno ao trabalho e a falta de acolhimento das empresas e gestores.
Além de tudo isso, outros aspectos podem causar impacto na vida dessas mulheres, como por exemplo:
- Tempo de retorno – Segundo dados do estudo da Catho citado anteriormente, 45% das mulheres demoram 3 meses para voltar às atividades profissionais, com medo de perderem o emprego. Lembrando que, pela lei brasileira, elas possuem o direito a permanecer 6 meses em casa.
- Licença maternidade – De acordo com um levantamento feito pela FGV, cerca de metade das mulheres que tiram licença maternidade saem do mercado após 24 meses.
- Perda de oportunidade – No mesmo estudo da Catho, foi levantado que 47% das entrevistadas consideraram abrir mão de oportunidades de promoção por não conseguirem conciliar a rotina com as demandas da oportunidade.
- Mães solteiras – Devido ao convívio integral com os filhos, muitas mães solteiras sofrem com sobrecarga de trabalho e dificuldades financeiras.
Como as empresas podem ser mais inclusivas?
Como você viu, conseguir uma oportunidade no mercado ou voltar ao trabalho após a licença maternidade é um grande desafio para as profissionais que se tornam mães.
Para mudar esse cenário, as empresas precisam criar um ambiente acolhedor e seguro para que essas mulheres possam se reintegrar ao trabalho, garantindo que os gestores diretos também ofereçam o mesmo suporte no dia a dia.
As empresas devem dar voz às suas funcionárias para entender suas perspectivas e com isso, aplicar melhorias nas políticas internas.
Além das ações internas em prol do bem-estar das colaboradoras, a empresa pode e deve investir em um processo de recrutamento humanizado, sem levantar questões pessoais, como quantidade e idade dos filhos.
Abaixo, trouxemos alguns exemplos de ações que podem fazer a diferença para tornar o mercado de trabalho mais inclusivo para as atuais e futuras mamães. Confira:
Recrutamento e seleção
O site de empregos vagas.com realizou uma pesquisa com algumas mulheres para entender mais sobre a relação da maternidade com o mercado de trabalho.
A pesquisa demonstrou que mais de 70% das respondentes afirmaram terem sido questionadas se já eram mães ou se planejavam ser futuramente.
Essa mesma pergunta era seguida por algumas que já conhecemos, como “quem cuidará dos seus filhos quando eles ficarem doentes?”.
De fato, muitas empresas precisam repensar seus processos de recrutamento e seleção, pois perguntas como essas não devem ser consideradas para medir o potencial de uma candidata.
Para ser mais inclusiva, as empresas devem considerar fatores como habilidades, competência, experiência e fit cultural.
O fato de uma mulher ser mãe não muda em nada suas competências para a vaga almejada.
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Ações e políticas da empresa
Ações personalizadas e políticas internas focadas nas atuais e futuras mães também devem ser consideradas para criar um ambiente mais inclusivo e acolhedor.
Horários flexíveis e trabalho home office são alguns exemplos que políticas que podem ajudar as mães a conciliarem a maternidade e o trabalho de maneira mais tranquila e saudável.
Além de possibilitarem que as mães tenham qualidade de vida no trabalho, ações como essas também são excelentes para motivar e engajar essas profissionais.
Inclusão
De acordo com a pesquisa que citamos do site vagas.com, as mulheres ainda sofrem com redução de carga horário e salário após se tornarem mães.
Além disso, 45,9% das entrevistadas afirmaram que já sofreram algum tipo de preconceito de seus colegas no ambiente de trabalho.
Uma empresa não deve fazer distinção de cargos e salários apenas pelo fato da pessoa ser mulher e/ou mãe.
Para criar um ambiente saudável, é preciso que os valores da empresa também estejam alinhados à inclusão, evitando que essas profissionais sofram preconceito ou qualquer tipo de constrangimento por parte de seus colegas.
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A maternidade não deve ser vista como um fator limitante para a carreira das mulheres!
Apesar de muitos avanços em questões sociais, ainda é importante lembrar que ao se tornar mãe, uma mulher não perde seu talento ou capacidade profissional.
Muito pelo contrário, ao ter um filho, a mulher se torna ainda mais determinada a alcançar seus objetivos e a dar o melhor de si.
Empresas que valorizam essas características e ajudam as mães a atingirem todo seu potencial profissional, com políticas, inclusão e benefícios, poderão contar com profissionais motivadas e dispostas a contribuir com os objetivos da companhia.
Se você é mãe, não deixe de compartilhar com a gente alguns desafios que você já enfrentou durante sua carreira.
Lembrando que, juntas, podemos lutar para transformar a realidade do mercado de trabalho!
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